terça-feira, 26 de abril de 2011

O 25 de Abril

Ontem festejou-se mais um aniversário do 25 de Abril. Eu que sempre vivi intensamente esta data observo o desencanto que a mesma hoje infelizmente representa.
O assunto do pedido de ajuda económica à Europa é tema que tem dominado a actualidade. Escusado será repetir aqui os contornos e as consequências, os quês e os porquês.
 Portugal chega à actualidade na ante-câmara da falência, após um percurso em que sempre gastou mais do que devia e podia, em que viveu sempre acima das reais possibilidades.
Ontem, há 40 anos, como hoje, Portugal continua na cauda da corrida e a precisar constantemente das tetas generosas da velha Europa, mas com a agravante de que, mal habituados a um bem-estar suportado por dinheiro que nunca tivemos, desde o Estado às famílias, as dificuldades e os sacrifícios são bem maiores do que aqueles que passamos no final dos anos 70 e princípios de 80. Então as famílias não estavam endividadas como agora nem o consumo e a sua dependência tinham os níveis actuais. A uma geração à rasca mas com um alto consumo de tecnologias, internet, televisão por cabo, automóvel, etc, e que mesmo em plena crise ainda teima em viver acima das possibilidades, os cortes e os sacrifícios que aí vêem vão causar verdadeiros estragos.
Nunca tanto como agora Portugal vive numa encruzilhada, só que agora os passarões são em maior número e quando vemos estampados os indecorosos altos ordenados e reformas que auferem nas e das empresas públicas, ficamos a perceber um pouco dos motivos que nos trouxeram até aqui, até a este estado de pedintes.

Páscoa

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Início de uns diazinhos

Começamos esta nossa viagem com paragem em  Belver.

Belver foi o primeiro castelo edificado pelos Hospitalários no nosso país, a fim de defender o território raiano do vale do Tejo, e um dos mais imponentes que a Ordem construiu em Portugal ao longo da Baixa Idade Média. Ele tem origem em 1194, ano em que D. Sancho I doou a Afonso Paes, prior da Ordem, as chamadas terras de Gimdintesta, com a condição de aí se construir um castelo. Esta iniciativa visava estancar as investidas islâmicas dos anos imediatamente anteriores, que determinaram o recuo da fronteira cristã para a linha do Tejo, mas também um certo equilíbrio de forças entre as várias instituições a quem havia sido confiada a defesa do médio Tejo, procurando o monarca, desta forma, atenuar o quase monopólio dos Templários nesta parcela do território (BARROCA, 2000, pp.194-195).
Em 1210, as obras estariam terminadas ou, pelo menos, bastante adiantadas, pois nessa data já se encontra em funcionamento. O testamento de D. Sancho I é claro quanto à sua existência, uma vez que, para além de o mencionar, informa que ele é um dos seis locais do reino onde se conserva o tesouro real nacional, notícia que prova a excelência da obra de arquitectura - apesar da sua localização fronteiriça (IDEM, p.196) - e a confiança que o monarca tinha, então, nos Hospitalários, em particular no comendador de Belver.




Posteriormente, seguimos por Castelo Vide, Marvão, Portalegre, Estremoz e seguimos até ao Algarve.

À PARTIDA...

Cadernos de Viagens - O que é?
 

Viajar é celebrar a vida, conhecer o mundo, sentir os hábitos de cada povo e a genuinidade de cada lugar.
 É ser dono do tempo e perder-se no espaço, improvisar e apaixonar-se a cada instante…É sentir, olhar, provar e experimentar…
Vou dar conhecer nas páginas deste blogue as viagens em família, que o nosso mapa de férias permitir!!
Começo com estas mini-férias da Páscoa de 2011 em terras do norte alentejano, mais precisamente na raia espanhola.