terça-feira, 26 de abril de 2011

O 25 de Abril

Ontem festejou-se mais um aniversário do 25 de Abril. Eu que sempre vivi intensamente esta data observo o desencanto que a mesma hoje infelizmente representa.
O assunto do pedido de ajuda económica à Europa é tema que tem dominado a actualidade. Escusado será repetir aqui os contornos e as consequências, os quês e os porquês.
 Portugal chega à actualidade na ante-câmara da falência, após um percurso em que sempre gastou mais do que devia e podia, em que viveu sempre acima das reais possibilidades.
Ontem, há 40 anos, como hoje, Portugal continua na cauda da corrida e a precisar constantemente das tetas generosas da velha Europa, mas com a agravante de que, mal habituados a um bem-estar suportado por dinheiro que nunca tivemos, desde o Estado às famílias, as dificuldades e os sacrifícios são bem maiores do que aqueles que passamos no final dos anos 70 e princípios de 80. Então as famílias não estavam endividadas como agora nem o consumo e a sua dependência tinham os níveis actuais. A uma geração à rasca mas com um alto consumo de tecnologias, internet, televisão por cabo, automóvel, etc, e que mesmo em plena crise ainda teima em viver acima das possibilidades, os cortes e os sacrifícios que aí vêem vão causar verdadeiros estragos.
Nunca tanto como agora Portugal vive numa encruzilhada, só que agora os passarões são em maior número e quando vemos estampados os indecorosos altos ordenados e reformas que auferem nas e das empresas públicas, ficamos a perceber um pouco dos motivos que nos trouxeram até aqui, até a este estado de pedintes.

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